Ministério do Esporte e Confederação Brasileira de Hipismo anunciam parceria




Os
projetos da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) para o ciclo
olímpico Rio 2016 e a parceria com o Ministério do Esporte foram
anunciados na tarde desta terça-feira (19.03) pelo secretário Nacional
de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, e pelo presidente da CBH,
Luiz Roberto Giugni. Formalizada recentemente com a assinatura de três
convênios, a parceria vai ajudar na preparação das seleções permanentes
de salto, adestramento e concurso completo de equitação (CCE) para as
principais competições internacionais dos próximos anos, em especial as
Olimpíadas do Rio.






De acordo com Ricardo Leyser, o Ministério do Esporte está muito
satisfeito com os convênios. “A equipe do hipismo tem condições reais de
chegar lá. É formada não só por campeões com chances de medalha hoje,
mas também por uma equipe de base, visando os Jogos de 2020 e 2024, para
reforçar a presença brasileira na modalidade, dando condições reais de o
Brasil competir com os melhores representantes do mundo. É um esporte
que precisa de recursos mais vultosos para o atleta. Estamos avançando
nos últimos detalhes do Plano Brasil Medalhas, que deve ser finalizado
entre março e abril. Elogio a profissionalização da gestão do hipismo e
esses recursos são um reconhecimento a essa profissionalização”,
explicou o secretário.






Para Luiz Roberto Giugni, o grande destaque do projeto é a formação de
comissões técnicas permanentes. “Pela primeira vez teremos preparadores
físicos, nutricionistas e psicólogos, uma equipe de alto gabarito que
dará o melhor suporte aos atletas. Tudo o que estamos implementando,
desde o ano passado, ajudam a estimular os proprietários de cavalo a
investir mais”, afirmou o presidente.






Segundo superintendente executivo de Esportes do Comitê Olímpico
Brasileiro (COB), Marcos Vinícius Freire, a união dos agentes
diretamente envolvidos e o profissionalismo no esporte são fundamentais
para transformar o Brasil em uma grande potência do setor.





O cavaleiro Doda Miranda, medalhista olímpico em Atlanta 1996 e Sydney
2000, lembrou que o sonho de ganhar uma medalha olímpica era ainda uma
loteria. “Hoje a palavra sonho significa oportunidade. Como o hipismo é
um esporte de elite, o público não tem consciência de que a grande
maioria dos cavaleiros precisa muito dessa ajuda. Pela primeira vez
vamos mirar uma medalha individual e por equipes”, ressaltou. O também
medalhista olímpico em Atenas 2004, Atlanta 1996 e Sydney 2000 Rodrigo
Pessoa agradeceu o apoio do ministério.





Cada seleção tem um plano de trabalho que inclui treinamentos e
competições no Brasil e no exterior. Os recursos vão custear esse
calendário esportivo, propiciando contratação de chefe técnico
estrangeiro, estruturação de comissão técnica permanente (auxiliar
técnico, treinador, veterinário, psicólogo, preparador físico e gerente
técnico), realização de clínicas de treinamento no Brasil com treinador
estrangeiro, ajuda de custo aos atletas para manutenção dos cavalos,
serviços de apoio aos atletas na Europa e participação em provas
internacionais de alto nível. Vão também subsidiar a formação dos
conjuntos de cavaleiro e cavalo, incluindo equipes de base.






O repasse de R$ 1.659.294,32 para a seleção de salto será voltado para o
custeio de participações em torneios estrangeiros, com destaque para o
Campeonato Americano e o Sul-Americano da Juventude, na Argentina. O
montante subsidiará a formação de 13 conjuntos que vão compor três
equipes, incluindo a de base. Para o CCE, a verba é de R$ 1.842.013,74,
também dirigida à participação em três competições fora do país, de alto
nível, e à formação de 13 conjuntos que formarão três equipes,
incluindo a de base. O adestramento receberá R$ 2.993.569,70 para ir a
três competições internacionais. Serão compostos 16 conjuntos que darão
origem a quatro equipes, incluindo a de base.






Os convênios são resultados de chamada pública lançada pelo Ministério
em agosto de 2012. A CBH apresentou as propostas, cumpriu todas as
etapas e procedimentos, entregou a documentação requerida e teve os
projetos aprovados.






A parceria com a confederação se fortalece neste ano de 2013, mas já
houve iniciativa anterior. Em 2011, o Ministério aportou R$ 105 mil para
ajudar a participação do Brasil no Mundial de Cavalos Novos, na
Bélgica.






Plano Brasil Medalhas



O hipismo está incluído no Plano Brasil Medalhas, lançado pelo governo
federal em 2012, que abarca 21 modalidades olímpicas e 15 paraolímpicas.
As principais ações do Plano em apoio ao atleta são a Bolsa Pódio (até
R$ 15 mil mensais para atletas de modalidades individuais), Bolsa
Técnico (até R$ 10 mil mensais), contratação de equipe multidisciplinar
(até R$ 5 mil mensais por profissional), aquisição de materiais e
equipamentos esportivos (R$ 20 mil por atleta a cada aquisição) e
custeio de treinamentos e competições no Brasil e no exterior.






As ações específicas para cada modalidade esportiva estão em fase de
finalização. No caso do hipismo, o apoio federal se materializará com
recursos do Orçamento Geral da União e de patrocínio do BNDES. As ações
previstas nos três convênios com a CBH não são voltadas especificamente
para o Plano Medalhas.







Emília Andrade, de São Paulo

Foto: Glauber Queiroz

Ascom - Ministério do Esporte

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