O novo Papa é argentino


Argentino é o novo papa (© Getty Images)












A Igreja Católica tem um novo papa: o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, 76, arcebispo de Buenos Aires, foi o escolhido. A fumaça branca liberada pela chaminé da Capela Sistina às 19h05 (horário local, 15h05 em Brasília) desta quarta-feira (13) mostrou que os 115 cardeais chegaram a um nome de consenso. O novo papa foi anunciado em latim, da sacada da Basílica de São Pedro, cerca de uma hora depois. O conclave começou na última terça-feira (12).



O nome adotado pelo novo papa foi Francisco I e foi ouvido pela primeira vez por um cardeal que anunciou "habemus papam" (temos um papa) para a multidão reunida na praça. Este é o primeiro papa latino-americano e o nome adotado por ele é inédito. A escolha do cardeal foi uma surpresa, já que seu nome não figurava entre os mais cotados nos bastidores e nas casas de aposta.


Francisco, alcunha que homenageia São Francisco de Assis
- o santo dos pobres - e nunca tinha sido usada, é o primeiro papa
sul-americano. Após suas primeiras palavras, ele  pediu uma oração em
nome do Papa Emérito Bento XVI e conduziu o "Pai Nosso", reproduzido em
coro pela multidão de fiéis. Em seguida, proferiu a bênção Urbi et Orbi (da cidade para o mundo), encerrando, assim, o protocolo oficial do Conclave papal. 




Jorge Bergoglio, 76 anos, tem origem jesuíta e ficou
conhecido por haver sido responsável na América Latina pela redação do
documento sobre o segredo de Aparecida. Figura controvertida no cenário
argentino, ele se destaca por sua forte personalidade e pelo
afrontamento declarado à atual força política do país, o Kirchnerismo.

Bergoglio foi nomeado cardeal em 2001 por João Paulo II e atualmente era
o arcebispo da capital argentina. O novo papa não estava entre os
principais cotados por especialistas, nem por casas de apostas. 


Jorge Mario Bergoglio recebeu ao menos 77 votos dos cardeais-eleitores, o que configura dois terços do total.


A Praça de São Pedro entrou em uma explosão de comemorações depois que a fumaça branca surgiu da chaminé. Os sinos da Basílica de São Pedro repicaram dando a boa nova ao pontífice, que passou à chamada sala das lágrimas para se vestir com batina branca e sapatos vermelhos.


As pessoas presentes na praça se abraçaram, choraram e se encaminharam à Basílica para receber o novo papa e ouvir suas primeiras palavras ao mundo como pontífice.


A eleição do novo papa vem após a súbita e surpreendente renúncia de Bento XVI, de 85 anos. Ele deixou o cargo no último dia 28 de fevereiro, alegando não ter mais forças para liderar a Igreja, em um momento em que ela enfrenta vários problemas, dos escândalos de abusos sexuais às acusações de corrupção no Banco do Vaticano.


O conclave anterior, de 2005, durou dois dias e levou três rodadas de votação para eleger Joseph Ratzinger como novo papa -- exatamente como a escolha deste ano.



Processo


Os cardeais foram trancados na Capela Sistina na tarde de terça-feira (12) depois de cada um jurar, em latim, com a mão sobre o Evangelho, que manterá segredo sobre os procedimentos e discussões do conclave.


Em seguida, o mestre papal de cerimônias, Guido Marini, fez o anúncio de Extra omnes -- 'Todos para fora' -- o chamado para que todos os não participantes do conclave deixassem o recinto.


Em seguida, a Capela Sistina foi trancada por fora. A partir deste momento, os cardeais passaram a comer, votar e dormir em áreas isoladas do mundo e dos meios de comunicação até terem cumprido a tarefa de escolher o novo papa.


Aparelhos bloqueadores de sinais de celular e internet foram instalados na Capela Sistina e na Casa de Santa Marta, onde ficam os quartos em que os cardeais passaram a noite.


*Com informações das agências internacionais



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