São Paulo - Um passeio ciclístico pelo centro da capital paulista,
na manhã de hoje (28), fez parte da programação da Central Única dos
Trabalhadores (CUT) para o Dia do Trabalhador, comemorado na próxima
quarta-feira (1º). De acordo com a entidade, que este ano escolheu o
tema Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade, mais do que lazer, a
atividade quis chamar a atenção para os problemas de mobilidade urbana
nos grandes centros urbanos e para o alto custo da tarifa de transporte
público.
Em um percurso de oito quilômetros, com início e fim no Vale do
Anhangabaú, cerca de 50 trabalhadores, segundo a Polícia Militar,
pedalaram por ruas do centro da cidade, como Avenida São João e Elevado
Costa e Silva (mais conhecido como Minhocão). Além dessa atividade, a
CUT, que reúne cerca de 2 milhões de filiados no estado, planeja para o
próximo dia 1º uma festa no Vale do Anhangabaú, que contará com
celebração ecumênica, atos políticos e shows musicais. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), são esperadas 30 mil pessoas no evento.
Assim como a CUT, outras centrais sindicais planejam atividades para
celebrar o Dia do Trabalhador em São Paulo. Na Praça Campo de
Bagatelle, no bairro Santana, zona norte, as organizações Força
Sindical, Central dos Trabalhadores do Brasil, União Geral de
Trabalhadores e Nova Central Sindical de Trabalhadores fazem um ato
unificado. Sorteio de prêmios, shows e discursos de lideranças políticas fazem parte da programação, que começará às 9h. A CET estima um público de 300 mil pessoas.
Estão na pauta de reivindicação do ato unificado questões como a
jornada de trabalho de 40 horas semanais sem redução de salários, a
reforma agrária, a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, a
política de valorização dos aposentados e a destinação de 10% do
Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. Eles celebram, ainda, os 70
anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A Central Sindical e Popular Conlutas e a Intersindical esperam
reunir cerca de mil trabalhadores na Praça da Sé, no centro da capital.
Na pauta do movimento, dois pontos foram destacados pela organização: a
anulação da reforma da previdência social de 2003 e a luta contra a
flexibilização dos direitos trabalhistas.
Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil
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